BOXE
NO SANTUÁRIO
Que
aquelas encostam subtraiam as nervuras das folhas,
E
que eu suprima as falsas folhas secas no chão:
Porque
a minha suposição é fraca...
E
quando vejo o fulgor das calças que vestes,
Me
enclausuro numa fita roxa e palha lívida.
Me
comporto como um estranho em tua recepção.
Cortas
com lâmina luminosa a cor e a robustez da nervura,
Apenas
pisoteio o que estava sólido e pálido,
E
que não me importo demais.
Porque
parar é viver.
Porque
solução é uma anunciação do povo!
E
me lavo de lama, e me importo finalmente...
O
plano da difusão é confuso e lavável:
-
Uma (des) tragédia.
Roco
fios e choro, até nada mais sobrar e me visto,
Que
a tua nuvem seja tua capa,
E
que teu rosto seja um bordado,
Olhos
de ametista, e parado – teu rosto –
Não
sinta!
Porque
é faminta a infância,
E
plumosa a falência.
Trata-se
de um ringue solúvel...
Uma
sentinela bêbada,
Que
beija espuma do mar,
Apaga
o abajur à noite,
E
não se comove com fiandeiras,
Nem
maquiagem,
Nem
maçanetas que abrem as portas fixas do chão.
Mas
o poste cantando fados me explica a nervura inconsciente,
Me
responde o que nada me assistiu,
Me
calça a luva que nunca costurei.
Mas
no mosteiro há alas de ferro bruto?
-
Há um candelabro que acende aquários
E
uma resina que desintegra soluços...
Que
rebanha clientes,
Que
engloba cristãos,
E
que mistura plebeus com água doce.
Eu
acaricio tuas crinas de cavalo!
Sou
carinhoso à medida do possível.
É
o meu ensino aos escudeiros...
É
a minha força aos enlouquecidos,
Uma
regata aos barqueiros, sobras de comida no convés.
E no
altarzinho de palha,
As
sombras de água são removidas com acetona,
Olho
as palmas da mão e vejo graxa:
Temível
terra adormecida!
Cheia,
com o balde cheio d’água,
De
passarinho que colide no painel telefônico,
E
que inala sombrinhas de rio.
E
nesta sensível lividez detenho os ruminantes,
Eles
não podem comer do fio sacro, nem a lanterna...
Têm
fio de azougue reclinado no pescoço
E
farinha imbuída de vestir,
Apenas
a triste e eterna sensação do esquerdo:
E
do eviscerado.
E
naquela causa de barro,
Todos
ajoelham e mastigam ao mesmo tempo –
Apenas
pedindo e adiantando o relógio
Para
o mais vir inalcançado...
E
o que mais queremos é a vitória depenada.
E
latir para os novelos de lã,
Esperando
urgir de ali, o nó e a lista
Que
a sentinela jogou fora,
Totalmente
demaquilada.
24 de março de 2013.